O historiador Geoffrey Batchen diz que chegou o momento de o discurso histórico sobre a fotografia incluir tudo aquilo que o cânone tradicionalmente tem ignorado. O que quer dizer as fotografias lá de casa, as suas e as de toda a gente.
Toda a gente tem fotografias de família em casa. O que é que ganhamos em olhar para fotografias anónimas do mesmo género?
Elas condensam alguns dos nossos valores mais preciosos: as nossas noções de identidade, de relação com os outros. A família, por exemplo, é qualquer coisa que é constantemente reiterada nessas fotografias. Se quisermos perceber a história dessas relações, dos nossos elos emocionais com outras pessoas e lugares, devemos estudar a fotografia vernacular. Os instantâneos têm o potencial de ser invisíveis mas também são susceptíveis de gerar uma reacção emocional, funda, mesmo que sejam de outras pessoas.
Leia aqui a entrevista de Geoffrey Batchen ao Público
Cristina, 1963