Papelaria Progresso, Rua do Ouro, Lisboa.
Arquitectura: Francisco Conceição Silva
Fotografias sem data. Estúdio Mário Novais*
Papelaria Progresso, Rua do Ouro, Lisboa.
Papelaria Progresso, Rua da Vitória, Lisboa, anos 60
Fotografia sem data. Estúdio Mário Novais*
Ao recordar o Liceu Francês, onde cheguei em 1961, vêm-me sempre à memória outros lugares que na Lisboa sombria e provinciana do princípio da década de sessenta, pelos mesmos motivos estéticos e afectivos, me transmitiam um bem estar imediato: a Papelaria Progresso, na Rua do Ouro, e o Café Monumental, na Avenida Fontes Pereira de Melo, onde minha mãe me levava, hoje desaparecidos, eram como o Charles Lepierre, espaços de grande qualidade, novos em folha, cuidadosamente pensados e desenhados para servir. O seu "look" inspirava-me confiança no futuro.
* fotografias gentilmente cedidas por José Inácio Vieira Gagean.
Mais neste blog sobre a Papelaria Progresso aqui e na tag "design"
Sobre o Monumental veja aqui e aqui e neste blog aqui
Sobre Lisboa nessa época leia aqui
esta foto aqui
Lycée Français Charles Lepierre.
Arquitectos: M. Cuminal, N. de Groer.
Fotografia sem data. Estúdio Mário Novais: 1933-1983. aqui
20 Octobre 2012
Animations durant la Journée “Portes Ouvertes”
• un point accueil dans la cour d’honneur du lycée
information sur le projet de création d’une Association des anciens élèves
• des expositions collectives d’arts:
artistique (1er étage du bâtiment principal et salle de danse)
littéraire (2ème étage)
photographique sur l’histoire du lycée (la rotonde)
• des visites guidées, par des élèves actuellement scolarisés
• des animations musicales
• des jeux pour les enfants
• un tournoi de football (Terrain de sports)
• différents points de restauration légère (pizzas, gâteaux, crêpes, café et boissons)
• en vente toute l’après‐midi:
des tickets pour la Boum du soir
le Livre souvenir du 60ème
des objets souvenirs
l’inscription au tournoi de golf du 24 novembre 2012 au Campo Real
les photos du dîner des anciens (2ème étage)
A tradicional Journée Portes Ouvertes do Liceu Francês inclui este ano uma exposição literária, e um encontro com antigos alunos que escreveram livros. Alguns desses antigos-alunos-escritores estarão no próximo Sábado à tarde no liceu para uma troca informal com os visitantes da exposição.
Filipe Jarro, o organizador* deste encontro, tranquilizou-me desde logo na sua gentil carta-convite: "A minha escolha é abrangente (1 ano no liceu ou 15, 1 livro ou 15, 15 prémios ou nenhum, famoso/a ou não...) e todos contam".
Pela minha parte, sinto-me feliz de participar com "Retrovisor" nas comemorações do 60º aniversário do LFCL e feliz também pela oportunidade de revisitar o liceu em clima de festa. As festas do LFCL são de boa memória e o LFCL tem muito para festejar.
Notas:
Vão estar presentes Jean-Yves Mercury - Maria Antónia Palla - Carlos Domingos -Jaime Teixeira Mendes - Leonor Xavier - José Manuel de Morais Anes - Maria Helena Torrado - Filomena Marona Beja - Esther Mucznik - Raúl Mesquita - Lúcia Mucznik - Irene Flunser Pimentel - Isabel Alçada - Vera Futscher Pereira - Pedro Paixão - Clara Pinto Correia - Filipe Jarro - Sofia Marrecas Ferreira - Paulo Miguel Gérault Marrecas Ferreira -Teresa Lopes Vieira
Os livros expostos estarão à venda graças à participação da Nouvelle Librairie Francaise e os que se encontram esgotados estarão expostos em vitrines emprestadas pela Fundação Gulbenkian.
*Hoje poder-se-ia dizer "Curator", que opina o leitor?
Nesse mês de Junho de 1955, Cristina já transitara para o Lycée du Sacré Coeur de Kalina, Léopoldville, hoje Kinshasa, na RDC. Frequentara o Liceu Francês de Lisboa apenas durante o primeiro trimestre do ano escolar, antes da partida para o Congo.
Sobre a minha chegada e o regresso de Cristina ao Lycée Français Charles Lepierre no início da década de sessenta, vindas de uma escola americana, falei no meu livro, e em posts neste blog (aqui e aqui). No entanto, dentro da mesma família cada um vive as coisas à sua maneira e segue o seu próprio destino. Para Cristina, França e a língua francesa seriam muito mais do que um percurso educativo. França tornou-se o país onde viveria metade da sua vida adulta — e muitos dos seus momentos mais felizes — o país onde as suas filhas nasceram, o seu porto de abrigo, como aconteceu a tantos portugueses, em particular os da sua geração. Mesmo depois da experiência marcante dos Estados Unidos, França tornou-se o seu país de eleição. E mais de trinta anos após ter concluído o liceu francês em Lisboa (na parte francesa - baccalauréat d'études secondaires) e partido para Toulouse, estudar economia graças a uma bolsa de estudo francesa, escreveu a Robert Bréchon*, responsável pela atribuição da bolsa em 1965, para lhe exprimir a sua gratidão.
1987
Visita de Estado a Portugal do presidente francês François Mitterrand
Cristina toma notas para em seguida reproduzir o discurso em português**
Os netos de Cristina, nascidos em Portugal, frequentam hoje em França uma escola do ensino público francês. Falam francês um com o outro — como Cristina e eu falávamos inglês nos Estados Unidos*** — o que me anima a pensar que nunca esquecerão a língua, porque adquirida muito cedo na vida, e ligada aos afectos, o que tem bom prognóstico.
Notas:
* Robert Bréchon aqui
** veja álbuns de intérpretes de conferência aqui
*** Mais aqui
História do Liceu aqui