Joaquim Monteiro Grillo, Vasco, Cristina e Christine Marshall
Parque de Yosemite, California, 1961
TEMPO DA MEMÓRIA
Memória dúbia,
Assim te aceito
Antecipando o futuro ou já.
Tua raiz é liame inevitável
E madre nossa corrupta,
Parceira da razão parda.
Memória impertinente
És,
Nas montras, monstro familiar
E nos cafés e nos livros,
Ao lado do volante,
Nos vultos, nos gestos, carícias, até...
A sua sombra.
E no resto,
Estrume em requintado canteiro
De poesia ou versos só,
Mas queira Deus, flores também,
Mesmo proibidas de colher...
Tomaz Kim
in Exercícios Temporais
colecção Poesia e Verdade, Guimarães Editores,1966.
De helena cardoso a 1 de Março de 2009
Que boa ideia reler Tomaz Kim! Recordei os meus primeiros dias em Letras e de como me impressionaram o Padre Manuel Antunes e o Joaquim Monteiro Grilo, pessoas tão diferentes. O JMG era bem parecido, solto, elegante e, aos meus dezassete anos, apresentava-se como o espírito livre. Deu logo uma bibliografia extensa e essencial e desses livros, que são clássicos, muitos estavam proibidos. Daí a pouco tempo caiu no Chiado e morreu logo. Lemos a lista quase toda mas não me lembro de quem o substituiu. O Padre Manuel Antunes, esse, continuou muitos anos, felizmente...
De
VF a 1 de Março de 2009
Joaquim Monteiro Grilo e a mulher foram grande amigos dos meus pais. Aparecerão em "Retrovisor, Um Álbum de Família" e a eles voltarei também neste blog. Muito obrigada pelo teu comentário, assim pelo comentário ao post "rapazes" que apreciei muito. É um estímulo saber que continuas a visitar...
beijo amigo
Vera
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