Segunda-feira, 15 de Dezembro de 2008

Lisboa, crónica anedótica

 

 

 

 

 

Guilherme Pereira de Carvalho c. 1929

No banco de trás, em primeiro plano, a actriz Irene Isidro.

 

 

 

 

Esta fotografia figura na contracapa de Lisboa a 24 imagens, de Manuel Costa e Silva, um belíssimo álbum sobre Lisboa no cinema.

 

O dandy sentado ao volante é meu avô materno, Guilherme Pereira de Carvalho. Quando, há muitos anos, vi o filme Lisboa, crónica anedótica, de Leitão de Barros, admiti que o automóvel que circula numa das cenas fosse o do meu avô, que eu sabia ter sido amigo do realizador. Nos anos 20 do século passado não havia assim tantos automóveis em Lisboa. A fotografia deve ter sido tirada durante a rodagem do filme pois não é um fotograma da película.

 

No meu livro Retrovisor, um Álbum de Família incluirei apenas algumas das muitas fotografias que guardo deste meu avô, figura elegante da Lisboa do seu tempo. Sentado a seu lado está o motorista, que reconhecemos nesta outra fotografia, mais antiga que a primeira:

 

 

 

 

Margarida, Frederico e Stella com o motorista c.1925

 

 

 

Mais sobre o filme aqui e o realizador Leitão de Barros aqui e aqui

 

 

 

 

 

Mais sobre Manuel Costa e Silva aqui

 

 

publicado por VF às 17:12
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Quinta-feira, 11 de Dezembro de 2008

À Boca de Cena

Amarante, 1938

 

 

 

 

 

 

 

Se houver consciência de que, sob o grandioso aparelho dos disfarces cronológicos, em qualquer estilo, dentro de qualquer género, em qualquer situação, em qualquer ambiente e qualquer que seja o assunto, é o homem eterno que está em causa, muito bem: todo o engenho, todo o ardil e a audácia são permitidos ao poeta para quebrar o encantamento da solidão e comunicar com o próximo, lançando a ponte do palco à plateia.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

De qualquer forma e sejam quais forem os instrumentos e o método, o teatro assinala-se por um desvendar o que naturalmente e humanamente se esconde. O progredir da acção é um desocultar incessante, a partir do momento em que o pano de boca, abrindo o espaço cénico, nos coloca em intimidade com os personagens.

 

 

Destas fotografias, pouco mais consegui saber do que a data e o local em foram tiradas. Na primeira vemos ao centro, de vestido escuro minha tia Stella Pereira de Carvalho. Na segunda, a minha mãe é a primeira a contar da esquerda.

 

 

As legendas são excertos da obra À Boca de Cena (edições & etc, 1999) do dramaturgo Fernando Amado, que viria a dirigir os meus pais na peça A Caixa de Pandora, estreada em 16 de Junho de 1946 no Teatro do Ginásio, em Lisboa.

 

 

Visite aqui o Centro de Estudos de Teatro

 

 

 

 

 

 

 

publicado por VF às 16:20
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